Nossa Senhora

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Pintura s/madeira

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Máscaras - Artigo no Jornal da Bairrada

Jornal da Bairrada

Artigo publicado no Jornal da Bairrada (7/2/2013), pelo escritor Armor Pires Mota, com vários livros publicados, e jornalista do referido semanário, sobre a minha exposição "O Que Esconde a Máscara" que decorre até 28 de Fevereiro na Junta de Freguesia de Oiã. 

"Máscaras de Veneza" Foto do artigo

OIÃ

Exposição de máscaras na Junta de Freguesia

“O que esconde a máscara” é o título desta exposição, inaugurada na tarde do último sábado sábado, dia 2, pela vereadora da cultura da câmara municipal, Laura Pires, que esteve acompanhada da directora da Biblioteca Municipal, Cristina Calvo. É a sua autora Amália Soares, natural do Porto, que só depois da aposentação, começou a dedicar-se à arte do pincel e da tinta. Já participou numa exposição colectiva no mesmo local, evocando a revolução de Abril. E ainda teve patente ao público uma exposição sobre trajes na Biblioteca Municipal em Oliveira do Bairro. Estiveram presentes os membros do executivo da Junta, Sérgio Lopes e Daria Marques, alem de amigos da autora e da cultura.
Desta vez trás até nós e dentro de um tempo (o Carnaval) que se casa perfeitamente com o tema, as máscaras, que para a autora “são cor e luz e principalmente sonho”. A diversidade é grande, mas diversas são as cores e os esgares de cada uma. Cores que não deixam ninguém indiferente, o que acontece simultaneamente com as máscaras que escondem rostos, tristes ou alegres, sobretudo muita fantasia e grandes sonhos. Mas diga-se que não são quaisquer máscaras. Ela vai buscá-las às tradições mais recônditas do nosso povo e assim é que há ali registadas máscaras dos carnavais de Ovar, Ílhavo e Estarreja; há máscaras de terras como Varge, Salsas, Aveleda, Ousilhão. Bugiada, mas não deixa de dar um salto a Veneza, África, Verín e nem sequer faltam os palhaços com as suas máscaras mais leves. Obviamente não podiam deixar de estar patentes ao público os caretos de Podence, os cabeçudos do Minho ou a máscara transmontana. Um mundo de fantasia e sonho. E o visitante pode ir adivinhando o que está por detrás das cores, segundo afirmou a pintora. “Espero que gostem”.
Por sua vez, Laura Pires, no uso da palavra, realçou “a forma muito excepcional” como Cristina Calvo preparou a exposição. Referindo-se ao tema, naturalmente alegre e divertido, frisou a propósito que “bem precisamos do sonho e da beleza”, perante uma vida tão dura. As máscaras são tantas e tão belas que não é possível sabermos atrás da qual “nos sentimos melhor”. Não deixou ainda de elogiar o facto de a autora estar a preservar deste modo e a respeitar as nossas antigas tradições neste mundo global que tudo massifica.
A exposição irá estar patente ao público todo este mês, durante o horário do normal funcionamento da Junta. É uma onda de cor e de alegria aquela que ali se pode ver e sentir. Vale a pena.
                                                                     Armor Pires Mota 

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